19 de agosto de 2012

FOTOS - Chegada dos peixes - Lago na Clínica Veterinária Biofilia

Neste sábado dia 18/08, chegaram as moradoras especiais do lago, tão aguardadas por todos que passam por ali, inclusive pelos animais (como se comprova nas fotos) :)
Estas 5 carpas foram doadas por um casal, amigos dos donos da clínica.
Aguardamos um mês após o início do funcionamento dos filtros, para ciclar o lago (formar biologia adequada no ambiente para receber os peixes).  


 

 

8 de agosto de 2012

FOTOS - Gota na folha de Lotus

Lotus são muito especiais por sua extrema beleza, suas simbologias e algumas particularidades. Uma delas é o poder de suas folhas e pétalas repelirem poeira, lodo. É um tipo de impermeabilização natural. Ela nasce no lodo, e surge na superfície limpa, linda e intacta.

Gota d'água brincando sobre uma folha novinha de Lotus.
Esta faz parte da minha primeira tentativa de cultivo em casa.  

Fotografando de vários ângulos. :)

Flor de Lotus em Kyoto, Japão.

Close!



Créditos das fotos:

Fernanda Lami

https://www.facebook.com/kyosanpo#!/health.sunchlorella.co.jp

29 de julho de 2012

Cerejeiras congeladas!!

Nome científico: Prunus serrulata
Nomes comuns: cerejeira, sakura
Imagens de sakuras cobertas de flores impressionam e são conhecidas pela beleza. Mas uma visão como esta, maravilhosa também, eu nunca tinha visto. Fotos que provam toda a beleza desta espécie!



Sakuras na época de floração, que acontece uma vez ao ano.


Créditos das fotos:

http://my.opera.com
https://www.facebook.com/#!/SpectacularPlaces

10 de julho de 2012

FOTOS - "Making off" da montagem do Lago na Clínica Veterinária Biofilia

Estamos finalizando um belo trabalho na Biofilia. Em breve postarei fotos do resultado final, por enquanto apresento nossos "fiscais da obra" =), e algumas espécies de plantas que estão sendo utilizadas na ornamentação.

Pepita e Miau fiscalizando!

Esta é a Meg, que nos recebe alegremente todos os dias!!

Plantas mais delicadas no cercadinho por enquanto, protegidas dos nossos amiguinhos.
E Pepita passeando por ali.

Carro lotado de plantas de sombra e palustres (para locais encharcados).
E mudas de moranguinho no canto direito inferior da foto,
que é um dos charmes do lago!


17 de junho de 2012

Significado do nome Espelhos de Cascaes

Espelhos de Cascaes é uma homenagem que faz alusão a Florianópolis, capital de Santa Catarina, e também representa a admiração por Franklin Cascaes, artista catarinense, historiador, pesquisador, ecologista e folclorista, que dedicou parte de sua vida ao registro das tradições, usos e costumes dos colonos que habitaram a Ilha de Santa Catarina.




Franklin Joaquim Cascaes nasceu na primavera, em 16 de outubro de 1908, na praia de Itaguaçu, no continente. Filho mais velho entre 12 irmãos, aprendeu desde pequeno os afazeres que garantiam o sustento da família. Além de lidar com o engenho de açúcar e de farinha de mandioca existente na propriedade, sabia fazer balaios, tipitis, cordas de cipó, cercas de bambu, remos, gererés, tarrafas...


Mas, entre todas as atividades e conhecimentos que dominava, o que mais gostava de fazer era rabiscar desenhos usando carvão, ou moldar bonecos imitativos das imagens dos altares e miniaturas de bichinhos de cerâmica feitos nas olarias. Também tinha grande curiosidade pelas histórias sobre bruxas:

 
“Meus avós tiveram muitos escravos, era gente muito rica, moravam em Itaguaçu, ali no outro lado da baía Sul. Meus bisavós foram os primeiros colonos a chegar ali. Uns parentes tinham engenho de farinha; e meus pais tinham charqueado, porcos, redes e canoas, aquela coisarada toda. Eles tinham muitos trabalhadores e muitos escravos. Ainda encontrei toda aquela gente lá. Então fui ouvindo essas histórias todas e fui gostando, escutando...”

 
TALENTO PARA AS ARTES

O talento de Cascaes foi descoberto na Semana Santa de um ano qualquer da década de 20, quando a Praia de Itaguaçu ganhou uma série de esculturas, retratando a Via Sacra. O respeitado professor Cid da Rocha Amaral, diretor da Escola de Aprendizes e Artífices de Santa Catarina, ficou encantado com o que viu e quis conhecer o autor da proeza. Encontrou um adolescente tímido, que tivera uma rigorosa educação religiosa.

 
Franklin beirava os 20 anos e nunca havia entrado em uma sala de aula. Seu pai achava que estudar era algo delicado demais e que o homem de verdade tinha que trabalhar na roça. Vencida a resistência paterna, Franklin aproveitou o incentivo para recuperar o atraso e iniciar seus estudos, até que em 1941 tornou-se professor da antiga Escola Industrial de Florianópolis.

 
“Passei a empregar a arte que estudei. A nossa oficina era cheia de artes. Foi tudo jogado fora, não sobrou nada para contar a história. Na Segunda Guerra foi criada uma oficina para fazer material bélico e a nossa oficina foi jogada no lixo. Quase morri de paixão...”

 
Nos anos 1940, quando sua idade buscava fervorosamente a novidade e a modernidade invejada por outras cidades, Cascaes, ao contrário, como que pressentindo os novos tempos, correu – na contramão da história, em busca do passado e da tradição secular que começava a entrar no seu ocaso. No sentido contrário ao de seu tempo retornou ao mundo rural, muitas vezes acompanhado de sua amada mulher, Elizabeth.

 
Durante 40 anos, ele pesquisou diversos temas envolvendo o homem do litoral catarinense e as comunidades pesqueiras da Ilha de Santa Catarina, registrando tudo num trabalho quase arqueológico. Resgatou os fragmentos de uma tradição que já vinha se estilhaçando, com a chegada de um vento mais forte que o nosso vento sul: o do progresso. De forma quase solitária, trabalhou incansavelmente recolhendo as histórias, rabiscando a mitologia, desenhando as formas, moldando as figuras, e mostrando domínio nas várias artes. Só não foi condenado ao insucesso pela persistência teimosa e pelo sentimento de que lidava com o seu próprio passado e com uma tradição que amava.

 
PRESERVANDO A CULTURA

Os presépios construídos por Franklin Cascaes, feitos com as folhas da piteira, e montados sob a lendária figueira da Praça 15 de Novembro, iniciaram uma tradição. “Seo Francolino”, como o conheciam os pescadores, dizia:

“Tive que deformar o Barroco porque foi a única forma de dar graça àquela beleza rústica, a figura do colono açoriano. Tive que recriar o Barroco para poder representar as pessoas do interior da ilha. O homem está se destruindo. Ele pensa que é o senhor absoluto da Terra. Não é! Sobre ele está a natureza comandando, ele é exclusivamente um produto da natureza, como são as aves, como são os outros animais”.

“Tive a felicidade de ser um dos primeiros a penetrar no interior da Ilha de Santa Catarina, antes mesmo de terem lá chegado os massivos meios de comunicação. Em alguns lugares não havia instalação elétrica, nem estradas, o que fazia com que as comunidades vivessem um mundo próprio, longe das influências dos centros urbanos, permitindo que suas vivências e manifestações se mantivessem livres de alterações provocadas por agentes externos”, dizia.

 

 
A pesquisa de Franklin Cascaes resultou em 42 conjuntos temáticos formados por esculturas de pequeno porte representativas de figuras, ferramentas, instrumentos, utensílios e também maquetes de engenhos de farinha, rancho de pescadores e outros objetos confeccionados em diferentes materiais. Além das esculturas, o artista deixou mais de 1500 desenhos e centenas de anotações, além de recortes de jornais, cadernos dos tempos da escola, entre outros documentos.

 

De forma detalhada, Cascaes registrou costumes, crenças e tradições e características populares referentes à vida dos colonos que habitaram a Ilha de Santa Catarina. Sua arte e sua genialidade são uma das maiores contribuições para o resgate e preservação da identidade cultural do município de Florianópolis. O acervo deixado pelo folclorista encontra-se hoje no Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, da UFSC, numa coleção que leva o nome de sua esposa, a Professora Elizabeth Pavan Cascaes.

Fonte: Fundação Franklin Cascaes

13 de junho de 2012

FOTOS - Água Cristalina

Os filtros UV ajudam a garantir a água cristalina. Assim o destaque são as belas carpas ornamentais!



6 de maio de 2012

VÍDEO - Aquário plantado

                                          Aquapaisagismo é poesia na água!! Fascinante!


24 de abril de 2012

VÍDEO - Flor de Lótus

A Espelhos de Cascaes iniciou o cultivo desta espécie maravilhosa e cheia de significados religiosos e míticos, a flor de lótus (Nelumbo nucifera), também conhecida como lótus sagrada e lótus da Índia.

Sua simbologia é uma de suas virtudes mais apreciadas: é associada à pureza e ao renascimento. Uma das flores mais belas nasce em meio à lama, inspirando um caminho de purificação e de transcedência em relação à tudo que é considerado impuro no mundo.

Segundo o Budismo, Buda é simbolizado em estátuas sobre uma flor de lótus justamente com essa idéia citada acima sobre a transcendência do mundo comum (a lama, o lodo), a iluminação perante a confusão mental (dualidade da mente).

A semente pode, por exemplo, ficar mais de 5.000 anos sem água, somente esperando a condição ideal para germinar. Quando isto ocorre, ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são auto limpantes, isto é, têm a propriedade de repelir microorganimos e poeira. É também a única planta que regula seu calor interno, mantendo-o por volta de 35°, a mesma temperatura do corpo humano.

O botão da flor tem a forma de um coração, e suas pétalas não caem quando a flor morre, apenas secam. Assim para os chineses, o passado, presente e futuro, estão simbolizados respectivamente pela flor seca, pela flor aberta e pela semente que irá germinar.

Fontes: wikipédia, ilhabonsai.com.br/downloads

8 de abril de 2012

Impermeabilização dos lagos

O lago quando feito no jardim, escavando a terra, precisa de algo que o impermeabilize. Assim, é possível manter um maior controle sobre o sistema e qualidade da água e dependendo do solo, evitar o escoamento.
Existem alguns tipos de mantas que são utilizadas com esta finalidade. São parecidas com lonas, porém são mais resistentes e específicas para esta finalidade.
O tipo que costumo usar, é a geomembrana de EPDM.
A da marca Carlisle oferece 20 anos de garantia e mais de 50 anos de durabilidade! São totalmente atóxicas, não prejudicando a saúde dos peixes e plantas. Possuem 400% de alongamento e proteção contra radiação UV, ou seja são super flexíveis, se acomodando bem em qualquer terreno e resistentes às condições climáticas.

26 de março de 2012

Curso em Campinas e visita à Carpalago em Atibaia (COM FOTOS)

Passei um sábado inteiro em Campinas SP, ouvindo sobre lagos. Imagina minha alegria?? Foi um curso nacional sobre montagem e manutenção de lagos ornamentais, ministrado pelo Lescano Junior e pelo Eiti Yamasaki. E no sorteio ao final do curso ainda ganhei uma bomba d'água da Sera!! Este prêmio me rendeu momentos engraçados no aeroporto na volta pra casa, pois não quis despachar...imagine a cena: eu sendo indagada no raio x, sobre o que era o equipamento suspeito, e eu tendo que responder que tratava-se de uma...bomba! rsrsrs
Então...depois desse sábado maravilhoso, ainda tive a oportunidade de conhecer em Atibaia, o show room lindo da Carpalago, onde o Lescano fez um "laguinho" de 160 mil litros. A temática do local é a de um jardim japonês. Nesta fotos ainda não está finalizado, faltam algumas plantas e detalhes, mas já está lindo!

Fotos: Fernanda Lami

Cascata do lago na Carpalago em Atibaia SP
Lago com 160 mil litros


Jardim japonês
Detalhe do Matsu (pinheiro negro)

Eiti na primeira parte do curso

17 de março de 2012

2 de março de 2012

Planta para Lagos > Papiro Anão

Papiro Anão - Cyperus isocladus
Detalhe das folhas e flores.

Acho o papiro anão muito bonito (difícil eu achar uma planta feia :) ) e de fácil cultivo. Suas raízes necessitam de umidade constante. Os papiros anões desenvolvem-se muito bem em lagos com iluminação solar constante, mas também toleram meia sombra. Aconselho para o plantio utilizar vasos de 30 a 40 cm de diâmetro (tipo bacia, com largura maior que a altura) onde ficam lindos e bem cheios.

Pertecem à família Cyperaceae, têm origem africana e alcançam até 90 cm de altura.

As variedades de espécies de papiros eram consideradas sagradas pelos egípcios. Suas folhas que são hastes finas com pequenas flores, lembram o sol, divindade máxima dos antigos egípcios.  

Fotos: Célio Maeda e Tio Ayres, fórum A Era De Aquários (www.aquahobby.com)


2 de fevereiro de 2012

VÍDEO - Lago na Cubos

Lindo lago localizado em São Paulo, na empresa Cubos, distribuidora de equipamentos para lagos ornamentais.
Este lago foi feito pela Genesis, empresa de Holambra - SP.
Tive a oportunidade de conhecer os dois lugares, empresas de sucesso no ramo.

30 de janeiro de 2012

Plantas para Lagos Ornamentais

A utilização de plantas aquáticas em lagos, tem além da função de ornamentar, algumas funcionalidades bem interessantes.
Existem tipos diferentes, que são classificadas em flutuantes, submersas, submersas com folhas emersas, palustres e marginais.

Desenho: Raquel Patro - Fonte: www.jardineiro.net/br


Grandes vilãs nos lagos são as microalgas verdes, que tornam a água semelhante a um verdadeiro caldo verde. Fator que faz a função de ornamentação do jardim se perder, pois na minha opinião o belo num lago, é poder contemplar os peixes numa água cristalina. Neste ponto as plantas desempenham um importante papel, pois elas absorvem nutrientes que serviriam de alimento para as temidas algas.

As plantas flutuantes, além de amenizarem a incidência solar (onde o excesso também contribui para a proliferação das algas) proporcionam sombra para os peixes.

Funcionam como filtro, algumas absorvem por suas raízes, nitratos e fosfatos (alimento para algas). Também proporcionam local para desova de peixes de água fria (carpas e kinguios), e abrigo para os pequenos alevinos não serem devorados pelos peixes maiores.

Nas próximas postagens, escreverei sobre as principais espécies de plantas para lagos ornamentais.

3 de janeiro de 2012

RESULTADO DE AQUARISMO IRRESPONSÁVEL!!!!!

Espécie invasora, peixe-leão está próxima do Brasil

3 de janeiro de 2012
by RevistaAquario

Entre os peixinhos exuberantes que vivem nos recifes, o peixe-leão vermelho (Pterois volitans) é um destaque com suas nadadeiras laterais e dorsais, listradas e coloridas. Nos anos 90 era uma atração, quase um troféu, entre aquaristas ocidentais. Grandes aquários abertos ao público exibiam esse personagem marinho deslumbrante.
Depois de um acidente, o lionfish (como também é conhecido) ganhou águas norte-americana. Deixou de ser uma beleza controlada para se tornar uma ameaça declarada. Foi logo classificado como espécie invasora, inimiga do equilíbrio ecológico pelo apetite voraz e por não ter predadores naturais.
A espécie invadiu o litoral leste dos Estados Unidos, desceu pela América Central, chegou à América do Sul e se aproxima do Brasil. Está na Venezuela e cada vez mais próximo. Em linha reta, 1.500 quilômetros separam a última avistagem de peixe-leão da Foz do Oiapoque, nosso extremo norte.
Professor da University of California Santa Cruz e curador de peixes da California Academy of Sciences em São Francisco, o biólogo Luiz Rocha afirma que o peixe-leão é uma espécie invasora particularmente ruim por causa de sua eficiência como predador. “O peixe-leão adota uma estratégia ‘de emboscada’, fica num canto camuflado e quando um peixe pequeno passa perto ele abocanha”.
Em sua área de ocorrência original (no encontro dos oceanos Índico e Pacífico), as presas do peixe-leão conhecem o modelo de ataque e sabem como evitá-lo. “Isso não ocorre no Caribe”, explica Luiz Rocha. A invasão do peixe-leão no Golfo do México e no Caribe teve seus efeitos apontados em estudos recentes, que revelam a diminuição significativa de peixes pequenos, onde o peixe-leão chegou. “Pelas características da espécie, podemos dizer que é inevitável sua chegada ao Brasil, mais cedo ou mais tarde”, supõe o pesquisador.

Invasão pode ocorrer em uma década
Um trabalho coordenado pelos professores Oscar Lasso-Alcalá, da Universidad Central de Venezuela, e Juan Posada, da Universidad Simón Bolívar faz o monitoramento dos registros do peixe-leão no Caribe. De acordo com suas previsões, não demorará muito para esses temerosos invasores chegarem aos nossos recifes de corais. “Se for para estimar um prazo”, arrisca o professor Luiz Rocha, “eu diria que em menos dez anos”.
O professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Jorge Luiz Silva Nunes concorda que a ameaça existe e adverte ela não é a única. “Há inúmeras espécies invasoras que têm merecido atenção, pois não ocorrem apenas danos ecológicos, mas eventos com gastos diretos na economia”, alerta.
Ele cita a introdução do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), que bloqueia tubulações de hidrelétricas onerando a produção de energia. “Outros exemplos são pontuais como o coral-sol (Tubastraea spp.) que têm competido por espaço com espécies nativas de corais e o Omobranchus punctatus, encontrado em quase todas as poças de maré de praias urbanas da Ilha do Maranhão”.
A visão otimista de alguns debatedores aponta que a invasão do peixe-leão no litoral nordestino brasileiro poderia ser barrada por um acidente natural de grandes dimensões, a Foz do Amazonas. Essa visão, infelizmente, é minoritária entre pesquisadores. Jorge Luiz Silva Nunes afirma que esses animais podem ultrapassar a foz por baixo da sua influência. “Muitos peixes podem usar o fundo cheio de esponjas e outros organismos bentônicos para servirem de trampolim”, calcula o doutor em oceanografia radicado no Maranhão.

Histórico da invasão
O primeiro registro de um peixe-leão fora de um aquário ocorreu em 1992, em Key Biscayne, Miami. Osmar Júnior acompanha a invasão da espécie como biólogo especializado em vida marinha e como colunista de conservação em revistas de mergulho. Ele conta que em 2002, mais de 30 exemplares de peixe-leão foram identificados pelos pesquisadores da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) espalhados pela costa leste dos Estados Unidos (Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e até Nova Jersey).
Também dois exemplares foram capturados na Ilha de Bermudas, a mais de mil quilômetros do continente. Atualmente, os peixes-leão são contados a centenas. “Submersíveis e ROVs, inclusive, estão encontrando a espécie em profundidades entre 80 a 100 metros, curiosamente uma faixa jamais registrada em sua localidade natural”, relata Osmar Luiz Júnior. Nos EUA, a quantidade se tornou abundante e chega a competir com badejos e garoupas nativas.

Mapas fazem a cronologia dos primeiros registros do peixe-leão na América do Norte e, depois, na América Central

Previsão de que a ocupação do peixes-leão seja irresistível e alcance as águas do Rio Grande do Sul.
Dados do NOAA registram que invasão começou na Flórida e se dirigiu ao norte, em razão das correntes marítimas. Acredita-se que o clima vai barrar o lionfish, que até então não se adaptou às latitudes mais altas. A preocupação maior aponta para o sul. Em 2005, conta Osmar Luiz, os primeiros peixes-leão foram vistos nas Bahamas. Depois República Dominicana, Jamaica, Cuba, Ilhas Caymam e Belize. “Além da rapidez com que vem se espalhando, outro fato é a grande densidade de indivíduos que estão sendo observados”, aponta Osmar Luiz. Já se estimaram a quantidade absurda de quase 400 exemplares de peixes-leão por hectare, nas Bahamas. “É cerca de cinco vezes a densidade que ele normalmente apresenta nos recifes do Mar Vermelho”, compara o pesquisador com o habitat clássico desse peixe recifal.

Ameaça à economia e à saúde
O peixe-leão gosta de 50 espécies de pequenos peixes e crustáceos, alguns de valor comercial. Ele pode mudar a oferta de lagostas, por exemplo, por competir com os alimentos desses crustáceos. No Caribe, já se registrou redução na população de peixes-papagaio. “Isso preocupa, porque o peixes-papagaio são herbívoros e tem a função de remover algas que competem com os corais por espaço”, aponta Osmar Luiz. Sem vida recifal, o equilíbrio ecológicos está afetado, alertam os biólogos que estudam a vida marinha e podem detalhar a importância dos recifes de corais na vida no mar. Sem alimentos, populações de lagostas e outras espécies comerciais também podem sofrer as consequências, temem os pescadores (de todos os tamanhos). Isso sem falar nas consequências para o turismo, entre as operadoras de mergulho (os recifes de corais é uma atração clássica, entre os praticantes da atividade).
Uma das reações à invasão, na América Central, foi a liberação da pesca do peixe-leão. O problema é esse peixe exuberante é da família dos Scorpaenidae, a qual pertencem os peixes mais venenosos do mundo. “Como o stonefish do Indo-Pacífico, que causa acidentes letais, e o nosso beatriz ou mangangá”, explica o professor Vidal Haddad Junior, doutor do departamento de Dermatologia e Radioterapia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em Botucatu, São Paulo e especialista em animais e organismos marinhos peçonhentos.
O veneno do peixe-leão fica nos raios da nadadeira dorsal. Acidentes não são comuns entre as ilhas e continente banhados pelo Mar Vermelho, porque os nativos conhecem muito bem. “No Brasil registrei cinco ou seis acidentes no Instituto Butantan, obviamente em aquaristas”, aponta Vidal Haddad.
O veneno do peixe-leão causa dor intensa, vermelhidão, inchaço e por vezes, bolhas no local onde os raios penetram. “Pode ocorrer mal-estar, mas não mata. O acidente pelo nosso peixe-escorpião (conhecido como beatriz, no Nordeste) é mais grave”, esclarece Haddad. “O único tratamento disponível é mergulhar a mão em água quente, que melhora muito a dor”.

Fonte: O ECO